Foi na primeira Full Moon Party do ano (Festa da Lua Cheia), na ilha de Ko Phangan, mais um lugar incrível no país mais maluco do mundo, a Tailândia, que consegui fazer meu primeiro gol aquático!
Após celebrar o Natal em Hong Kong e Singapura, resolvi tocar pra Tailândia pra fazer o que nós brasileiros fazemos de melhor: festejar!
Depois de passar a virada do ano em Koh Phi Phi (relato em breve), não podia deixar de perder a famosa Full Moon Party tailandesa, na ilha de Ko Phangan (ou Koh Pha-Ngan), então já bookei tudo com antecipação pra não ter erro.
Como Ko Phi Phi fica ao lado esquerdo da Tailândia no mapa, e Ko Phangan ao lado direito, eu tinha duas opções: voar ou fazer o trajeto maluco terrestre. Por motivos óbvios, fiz o mais divertido.
A logística para a ilha de Ko Phangan
Existe mais de uma empresa que faz esse trajeto, mas eu comprei online pela Gokohphiphi.com, pelos reviews positivos que havia lido sobre eles.
Basicamente, era um ferry saindo as 10:30 da manhã de Ko Phi Phi, com destino Krabi, no dia 2 de janeiro. Consegui bookar antecipado, e tive de imprimir em uma lan house (sim, elas existem) para conseguir entrar no navio.
Chegando em Krabi, você pega um “VIP Bus” para o Donsak Pier, e de lá um “catamaran boat” para Ko Phangan, chegando na ilha por volta das 18h.
Os viajantes podem pensar: mas é um dia inteiro de viagem, prefiro voar. Sim, mas não há aeroporto em Ko Phangan, então você tem que pousar Ko Samui, e pegar o catamaran com horários restritos. Moral da história: meus amigos pagaram 3x mais que eu, e chegamos todos juntos no mesmo barco às 18h. E certamente não se divertiram tanto quanto nós nos ônibus cheios de gringas gostosas viajantes.
Onde se hospedar para a Full Moon Party
Algo importante a saber sobre a Full Moon Party é a lotação nas hospedagens. Como a festa acontece apenas 1x/mês, a maioria dos hostels/pousadas vende pacote mínimo de 4 dias e sobe bastante o preço durante o evento, então tente bookar com antecedência.
Na ilha, além da Festa da Lua Cheia, tudo acontece no Sul de Ko Phangan, na área chamada Haad Rin. Lá eu bookei uma pousada bem bacana chamada Neptune's Villa – a qual eu certamente recomendo.
Se você não conseguir reservar algo em Haad Rin, existem umas camionetes/táxi passando o tempo todo pela ilha, mas tenha em mente que as pessoas andam todas na carroceria, igual peão na roça, e tem umas montanhas com curvas bem interessantes para bêbados – ou seja, é bom evitar.
As baladas em Haad Rin e a Festa da Lua Cheia
Para que entendam, a full moon party é basicamente uma festa (grátis) que acontece na praia de Haad Rin, onde há uma concentração de vários bares/baladas com milhares de pessoas bebendo dentro/fora. Em um raio de uns 2km, você passa por uns 10 bares diferentes, todos rolando uma somzera (eletrônica, em grande parte), e com muita coisa maluca acontecendo. Para saber os dias que acontecem, consulte o calendário da Full Moon Party.
Abaixo as baladas que rolam em Haad Rin durante a Full Moon Party na Tailândia:
- The Rock – fica no sul da praia, nas pedras, com uma ótima vista para relaxar durante o evento, ao som de soulful funky music
- Paradise Bungalows – a que originou a Full Moon Party, é a mais cheia da praia com a galera dançando um som bem progressive
- Drop In Bar – mais comercial, rola sons R&B, Hip Hop e dance
- Zoom Bar – galera do psytrance, colorida e brilhante, fritando mais que ovo em capô de carro no Mato Grosso
- Cactus Bar – é um dos bares da entrada da praia, então rola um acúmulo bem grande de turistas perdidos ouvindo sons comerciais
- Sunrise Beach Club – começa a funcionar 5 dias antes da Full Moon Party, com live set de DJs de electro, jungle e vertentes
- Tommy Club – um dos maiores eventos da praia, com sounds system paulera e top dj's, rola das 9pm até 3am
- Mellow Mountain – outro lugar mais tranquilo, dá pra dar uma descansada no ouvido
- Same-same – pra galera menos fã de eletrônico, lá rola live band de rock/pop durante a Festa da Lua Cheia
- Outback Bar – deep house de qualidade pra quem gosta do assunto, com uma curiosa “no-trance policy”
- Reggae House – pra galera do rasta
- Backyard Club – o after da festa, que começa as 7am, depois da Full Moon Party, e acaba 10pm
É costume em Ko Phangan a galera comprar os “buckets” de bebidas durante a Full Moon Party, que basicamente são aqueles baldinhos de areia lotados de vodka e algum mixer (sem areia). Mais pro final da praia, a galera vende também os buckets com mushrooms, e acredite – nego fica muito doido! A forma mais fácil de saber se o seu é batizado ou não, é pelo preço. Os de mushrooms geralmente são o dobro do preço (não diga que não avisei).
Meu relato da Full Moon Party
Pense em uma festa de réveillon na praia do Brasil. É algo parecido, mas só com jovens, e sem trombadinhas. Gringo tem umas manias meio malucas, de querer entrar pelado no mar, pular corda pegando fogo, e por aí vai, então se prepare para encontrar de tudo.
Do pouco que lembro da festa, estávamos em um grupo de uns 10 negos, e pelo menos 7 deles pegaram alguém. Uma suíça e uma americana ME pegaram, mas tive acesso a dezenas de mulheres, todas querendo se divertir e nem aí pra nada. Os mais fortes conseguiram até finalizar o serviço, mas como fiquei até umas 6 da manhã na praia, faltou energia pra marcar gol – mas sem dúvidas não fez falta.
Um fato curioso é que existem diversas ilhas na redondeza de Ko Phangan, e muita gente vai de ferry pra Full Moon Party e volta no mesmo ferry de madrugada. Conheci muita mulher assim, e que infelizmente não poderiam passar a noite lá, senão perderiam a volta.
Como a Festa da Lua Cheia em si dura apenas uma noite, você tem várias outras noites com um pouco menos de loucura pra aproveitar bem a ilha. Existem vários bares bem bacanas que tornam o passeio certamente inesquecível.
O pós-festa em Ko Phangan e meu gol aquático
Um dia depois da festa, estava sentado em um daqueles bares de frente pro mar, com um grupo de 5 amigos brasileiros, e toda mulher que passava a gente brincava erguendo um papel dando “Nota 10” pra elas, igual comissão de samba. A maioria adorava, algumas ficavam tímidas e outras (gordas) faziam cara de bravas – prometo subir os vídeos um dia.
Muitas delas adoravam a brincadeira, e vinham se juntar a nós, até que duas finlandesas deliciosas resolveram vir até nossa mesa depois de eu dar uma nota 6,5 pra elas. Como de bobo só tenho a cara e o jeito de andar, assim que ela subiu no bar eu já peguei pela mão e trouxe uma delas até a cadeira do meu lado.
Papo vai, papo vem, comecei a beijar a nega lá mesmo – fato certamente inusitado para uma finlandesa. Depois de alguns drinks, ela me solta: “quero ir pro mar, vamos comigo?”.
Sabe aquele cachorro que encontra o dono depois de uma semana sem vê-lo, e pula igual desesperado com a lingua pra fora? Esse foi eu levantando da cadeira!
Fomos pro mar e começamos os amassos. Quando percebo, estou fazendo o que jamais esperaria estar fazendo: copulando! Exatamente, amigos. Minha segunda bandeira finlandesa (a primeira da Finlândia eu contei aqui) foi dentro do mar em Ko Phangan dois dias depois da Full Moon Party.
Meus amigos rachando o bico lá do bar, só vendo os movimentos à lá Cicarelli, tentavam tirar fotos em zoom do iPhone, enquanto o meninão aqui cumpria seu papel de homem. Depois de voltarmos ao bar, peguei o contato da gata, elas se foram embora, e voltei pro meu hotel com o sentimento de dever cumprido.
Aí vem o mais incrível da história… Quando fui olhar as fotos da nega no facebook, advinhem? Ela era a mesma garota estava na análise do Tinder na Finlândia que eu havia feito 1 ano antes de ir para o Sudeste Asiático – e eu nem imaginava! E um detalhe, eu tinha dado nota 10 pra ela quando fiz a análise! Era coisa do destino…
As suecas novinhas adoram a Full Moon Party
Já ouvi algumas pessoas criticando a Festa da Lua Cheia, por haver muita gente drogada, com sujeira nas praias depois da festa, etc, mas precisava conferir com meus próprios olhos para ter uma opinião. O que posso dizer é: você usa drogas se quiser, e a qualidade da festa depende da sua vibe. Eu particularmente achei a festa SENSACIONAL, e recomendo a experiência para todos, inclusive pras mulheres (eu sei que vocês também acessam o Viajante Anônimo, meninas!).
Não sei se preciso dar palavras de apoio, mas só a título de curiosidade, a Full Moon Party é o destino principal das Suécas que acabaram de sair do colégio com 18 anos, e aguardam até os 20 para pensar qual faculdade vão fazer. Ah, sim, as Russas também. E as canadenses. E as americanas. E as francesas. Enfim, acho que deu pra compreender.
Pois é, caros Viajantes… É incrível o que o destino aliado de uma bela Full Moon Party na Tailândia podem fazer com a vida de um homem.
Abaixo um vídeo pra finalizar com chave de ouro meu relato. Divirtam-se, e cuidado com os mushrooms!