Tessalônica e Atenas na terra, Mykonos e Ios no mar – e as gregas direto do céu. Confiram meu relato de viagem de duas semanas em um paraíso mediterrâneo chamado Grécia!
A história de como fui parar na Grécia começa assim… Depois de passar algumas semanas em Kiev e me apaixonar a cada quarteirão pelas ucranianas, resolvi dar um tempo pro coração e seguir em viagem, explorando mais da Europa.
Como já devo ter mencionado por aqui, não costumo fazer planos de viagens, apenas compro a passagem mais barata que tiver, e vou. No caso, eu estava em Kiev, abri o aplicativo do Skyscanner, e busquei: passagens mais baratas na Europa para depois de amanhã.
O resultado não poderia ter sido melhor. Thessaloniki era o nome da cidade.
Pensei: que caceta é essa? Pesquisei no Google, e encontrei logo de cara, a segunda maior cidade da Grécia, e a com maior concentração de estudantes.
Estudantes? [Comprar passagem!]
Tessalônica
Com mais de 700 mil habitantes, Tessalônica é uma daquelas cidades que você nunca imaginou que existisse, mas quando visita, já quer morar. Devido a crise da Grécia, o mercado de real state foi pro saco bonito, e você encontra lugares incríveis para alugar por 300 euros. E estou falando de apartamentos grandes de frente pro mar!
O clima da cidade é fantástico, bastante jeito europeu-mediterrâneo, sem frio congelante no inverno, e com calor suficiente pra deixar a mulherada com aqueles belos shortinhos desfilando pelas ruas.
A Grécia não é uma Escandinávia, onde a genética favorece quase toda a população. Mas ao mesmo tempo, as mulheres bonitas, são muito bonitas.
Eu definiria a grega como uma mistura de italiana e espanhola. São também altas, magras (porém bem mais encorpadas que as russas) e com cabelos longos.
O povo grego em geral é extremamente receptivo, e eles amam brasileiros. Não tinha um taxista que não abria um sorriso imenso quando eu falava de onde era.
O legal da Tessalônica é que os lugares de festas ficam bem concentrados, especificamente em uma região chamada Ladadika (hospede-se por lá, vale a pena).
Além disso, a cidade tem uma costa bem longa, e existem centenas de bares/cafés nela, cheios de estudantes! Ouvi boas indicações também do Bouzoukia, que aparentemente é cheio de gatas.
Para visitantes de curto prazo no verão, não sei até que ponto vale a pena visitar a cidade. Eu particularmente adorei conhecê-la, e passaria fácil algumas semanas lá, mas como o verão estava acabando, resolvi comprar logo uma passagem de avião para as ilhas – onde a coisa rola mesmo.
Outro downside de visitar a Thessaloniki durante o verão, é que a maioria dos estudantes viajam, então deixe pra baixa temporada se realmente quiser explorar a cidade do jeito que nós, viajantes anônimos, gostamos.
Ouvi dizer também que as cidades de Chalkidiki e Paralia são melhores pedidas pro verão (1h de distância da Tessalônica), cheias de russas e ucranianas.
Atenas
A capital da Grécia, já com 4 milhões de habitantes, é ótima por um motivo: logística. De Atenas você pode ir pras ilhas, ou voar pra diversas outras localidades na Europa, por preços bons.
A nightlife é bastante ativa, a mulherada é bem bonita e você pode se dar bem com facilidade conquistando mulheres na rua, ou mesmo no online dating (o Tinder funciona bem por lá).
Muitos brasileiros resolveram mudar pra Grécia no passado, e possuem comércios lá, principalmente restaurantes. Hoje, com certeza estão todos fodidos, mas a qualidade de vida ainda é ótima – apesar dos pesares.
Vou deixar alguns nomes para você ter em mente, quando for procurar entretenimento pela cidade. Pelo centro: Gkazi, Monastiraki, Plaka, Thisseio, Petralona, Psirri, Exarcheia, Kolonaki. Pro lado da praia: Glyfada basicamente, e Marina Floisvos em Palaio Faliro.
Mykonos
Antes de ir pra Grécia, eu ouvia bastante a comparação com Ibiza e Croácia, mas com a palavra “gay” no meio. Como sou uma pessoa sem preconceitos, resolvi ver com meus próprios olhos a famosa party island grega: Mykonos!
Aluguei pelo Booking.com uma guesthouse logo no centro, também chamado de Little Venice. Lá fica a maior concentração de bares e restaurantes da ilha, além do fácil acesso.
Para chegar nas praias, você aluga um quadriciclo (ATV) por 10 euros/dia, e vai que é uma beleza. Negocie o preço, na crise deve sair até mais barato que isso!
A ilha realmente tem seu lado gay, mas por outro lado, a altíssima qualidade das baladas que rolam nas pontas das ilhas atraem mulheres de todos lugares (interessadas em homens e mulheres).
Logo na primeira noite, passeando pelo centro, encontro uma russa que conheci em Moscou e passou meu aniversário comigo! Netflix and chill…
Ficamos alguns dias juntos, e depois deixei ela livre para eu poder explorar melhor o restante. Mykonos tem uma energia fantástica, todo mundo querendo fazer festa o dia inteiro, além de bebidas com preços bem justos nas lojinhas, então é foda ficar amarrado com uma mulher, por mais gata que seja.
Como já estava acabando o verão, as baladas estavam quase vazias, mas resolvi ir visitar mesmo assim. Fui umas 15h pro bar/balada Super Paradise.
Já ciente da redução no potencial da ilha, fiquei dando umas voltas sozinho como de costume, quando avisto de longe uma morena sensacional de shortinho e bikini. Pensei: é agora que tiro a ferrugem da espingarda.
Esperei ela chegar no bar, e já colei do lado, perguntei qual drink era aquele que ela havia pedido, e já nos enturmamos.
Perguntei se ela queria sentar na cadeira da praia comigo, e ela já mandou um “why not?”. Tomando a cachaça e olhando aquela beleza toda, descobri que tratava-se de uma bartender americana que havia saído de um casamento em Israel e resolveu passar os últimos dias de férias sozinha em Mykonos.
Como começou a escurecer, e a jovem precisava devolver a motoca dela, voltamos pro centro, com ela me seguindo, no intuito de jantarmos juntos (eu estava faminto – no aspecto estomacal, digo).
Devolvemos o ATV dela, e a gata já montou atrás na garupa para descermos mais pro centro, segurando no meu forte abdomem de seis meses sem academia.
Estacionei na frente da minha guesthouse, e convidei ela pra entrar que eu precisava usar o banheiro (verdade!). A gata entrou e falou: “o que fazemos agora?”.
Eu sabia que aquilo era a oportunidade pra acender o isqueiro e botar fogo na dinamite, mas como estava numa fome do diabo, e já havia assistido filmes de comédia romântica com a russa por alguns dias, ao invés de falar “agora é a hora que a criança chora e o pai não vê”, falei: “vamos jantar?”.
Ela concordou, mas antes eu precisava de um banho. Fomos andando até o hotel dela, que apesar de ficar no centrinho, possivelmente a 500m de distância do meu, levou 15 minutos pra chegar pois é impossível memorizar o caminho em meio aquele monte de vielas.
Chegando lá, olhei direitinho o lugar e falei: “toma seu banho, e já volto pra nos encontrarmos, anota seu Facebook aqui no meu cel e te mando uma msg jajá”. Ela anotou, e eu saí tentando voltar pra casa. Demorei uns 30 minutos andando em círculos naqueles 500m de distância que eu precisava percorrer. Cheguei em casa, tomei banho voando, e quando fui mandar mensagem pra ela, a surpresa: celular desligado – no battery.
Carreguei rapidinho, e quando abro o Facebook, descubro que eu não havia conseguido adiciona-la, por causa do 3G. Pensei: “ferrou!”. Saí correndo igual maluco pro hotel dela.
Acreditem, eu demorei aproximadamente uns 50 minutos pra achar a merda do hotel da menina! Virava uma rua, que parecia ser a dela, mas era exatamente a mesma que eu havia passado 10 minutos atrás. Aí viro em outra e é a mesma rua de novo. É tudo branco, com um monte de gatos e turistas, impossível achar!
Quando finalmente chego, já suado, puto, e com fome, o figura da recepção fala: ela esperou um tempo, mas você não veio, aí ela foi embora. Aiiiiiiiii que dor no coração…
Comecei a lembrar aquela americana de bikini na praia, me perguntando “what do we do now?”, e não perdi tempo, saí andando igual maluco de novo, mas dessa vez, sem rumo pelo centrinho.
Eu rodei mais que hamster depois de beber Red Bull na gaiola, devo ter ficado mais de uma hora percorrendo todas ruelas de Mykonos, e nada de encontrar a americana!
Com vontade de me matar a cada 100 metros que andava, resolvi sentar e afogar as mágoas no restaurante mais caro que encontrei. E assim foi minha incrível noite. Bêbado, sozinho e com espírito suicida.
Tirando esse arrependimento que vou levar pro resto da vida, posso dizer que Mykonos é do caralho. Deixe de lado esse preconceito de brasileiro de achar que tudo é gay, e manda bala!
Muito topless, muita russa, sueca, americana, e o melhor: muita gente desencanada. Só tente não passar pelo que passei…
Ios
Como viajo sozinho, tento dar preferência pros lugares que amigos me indicam, e um deles, foi o Hostel Francescos na ilha de Ios. Peguei um quarto sozinho, pra não ter problemas logísticos (se é que me entendem), e fui pro bar do hostel fazer amizade.
O curioso é que Ios é um dos principais lugares de férias de australianos. Acho que 80% das pessoas que estavam na ilha, eram de fato da Austrália. A parte boa é que eles são tão fáceis de enturmar quanto brasileiros, então logo no primeiro dia já estávamos indo pras baladas em turma.
O centro é onde acontece tudo (baladas, bares e restaurantes), e por isso ficar no Hostel Francescos pode ser uma puta mão na roda. Por outro lado, é longe da praia, você precisa pegar um ônibus (de apenas uma linha) ou táxi de madrugada (5 euros) para chegar nela.
Minha recomendação? Passe alguns dias no hostel, para fazer amizades, e o restante dos dias no Far Out Club, que é um Hostel + Hotel + Beach club, com uma vista fantástica e localização impressionante, além da piscina no estilo resort e as putas baladas que rolam nela. Esses são os dois picos mais conhecidos da pequena ilha.
A noite em Ios é bem animada, naquele esquema de entrar em um bar/baladinha, ficar uma hora, sair e entrar em outra. É uma ilha basicamente de jovens, diferente de Mykonos, que também tem bastante gente com família fazendo turismo pela beleza do local.
Logo na primeira noite que saí, um canadense havia conhecido duas brasileiras que estavam na ilha, e comentou de mim. Meia hora depois, eu estava de par romântico com uma belíssima carioca, e quando me toquei, estava vivendo mais um romance de verão, dessa vez na Grécia.
Quando a gata foi embora de Ios, ainda fiquei mais alguns dias, mas resolvi bookar uma passagem pra Milão e ir encontrar ela novamente (viajar muito faz a gente se apaixonar fácil pela carência). Nossa história seguiu até o Rio de Janeiro, mas hoje, felizmente, somos apenas amigos, e eu continuo solteiro, pronto para explorar um novo paraíso!
Resumindo Ios, vale muito a pena visitar, diversão garantida, e de baixo investimento. Não vejo necessidade de passar mais de 3/4 dias por lá, diante da quantidade de ilhas gregas disponíveis.
Outras cidades da Grécia
Mykonos e Ios são apenas dois exemplos de ilhas legais na Grécia, mas pra quem vai passar o verão todo, tem muito mais coisa pra explorar. O que posso dizer, é que depois de novembro, o vento come solto por lá, e praticamente não existe mais voo/ferry que chegue até as ilhas, principalmente pela baixíssima demanda.
A Grécia é um país perfeito tanto para morar, quanto para passar férias, principalmente pelo fato de milhares de européias maravilhosas descerem para lá no verão, além dos preços serem muito melhores que Ibiza, por exemplo.
Ah, sim, o Tinder rola legal nas cidades e dá pra conhecer várias gregas locais, agora nas ilhas é mais complicado, apesar da quantidade de turistas visitando – afinal, quem fica usando o celular na praia? Prefiro nem lembrar da palavra celular depois da minha história em Mykonos sem bateria…
https://www.youtube.com/watch?v=Zdzn5r2_XLw
Quer saber como faço para ter esse estilo de vida? Confira então meu post sobre nômades digitais…