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Os Homens Brasileiros e As Mulheres Mais Gatas do Mundo

25/09/2019 por Viajante Anônimo

Comportamento Masculino

Em 2010, pedi demissão do meu emprego e resolvi viajar o mundo.

No meu primeiro ano internacional, não tive grandes mudanças no comportamento.

Eu ainda era aquele brasileiro que chamava o amigo de veadinho por beber caipirinha de morango, que tentava beijar as gatas à força na balada, que compartilhava orgulhoso as técnicas para pegar o metrô sem pagar ticket, que dirigia o carro alugado mesmo depois de ter bebido mais do que o limite permitido, que falava alto no restaurante sem imaginar que existiam outras pessoas ao lado…

… enfim, acho que não preciso dar muitos exemplos, vocês sabem do que estou falando.

E o curioso é que tudo isso parecia normal (é só ler os posts antigos deste blog).

Afinal, na minha vida inteira de “brasileiro”, todos meus amigos fizeram isso.

E se todos ao meu redor fazem, então é porque pode fazer. Não é?!

Como eu jamais havia sido repreendido por esses comportamentos, não cheguei a parar para refletir se de fato o que eu fazia estava certo ou errado.

E é aí que entra o incrível ciclo da vida.

Quando você finalmente resolve refletir

Os ciclos da vida são responsáveis por mudanças completas em tudo que pensamos e fazemos.

Eles geralmente aparecem depois de um choque emocional, como a perda de alguém que você ama, com algum risco de morte pessoal, pela mudança das pessoas que você convive ou então viajando e conhecendo novas culturas.

(engana-se quem acha que somente o passar dos anos vai fazer você evoluir, fazendo sempre as mesmas coisas, com as mesmas pessoas, nos mesmos lugares)

E aí as coisas começam a fazer sentido:

O que você fazia antes, e achava certo, de uma hora pra outra descobre que estava errado. Muito errado.

E nossas ignorâncias começam a se tornar conhecimentos.

E evoluímos como seres humanos.

Hoje, depois de 8 anos vivendo pelo mundo, eu consigo olhar para trás e reconhecer todos aqueles comportamentos que eu tinha, e achava legal ter.

O grande problema? Não era legal.

Eu era um verdadeiro idiota, rodeado por outros idiotas que faziam a mesma coisa.

O machismo oculto no comportamento dos homens brasileiros

Recentemente, tivemos um episódio onde brasileiros foram expostos em um vídeo na Rússia, durante a Copa, sacaneando uma garota local com palavras divertidas aos olhos brasileiros, mas extremamente vulgares aos olhos de outras culturas com maior nível de educação.

Na hora eu pensei: caramba, que cagada esses caras estão fazendo.

Porém, se fosse 8 anos atrás, quando eu ainda não sabia diferenciar o certo do errado (em uma visão ampla, e não regional), eu poderia também estar nessa roda de ingênuos viajantes.

Viajantes que acham que o comportamento que aprenderam no Brasil, é o correto.

Em inglês, existe uma pessoa “educated” e uma pessoa “polite”. A diferença é que o educated é a pessoa com boa formação educacional, e polite é a pessoa educada na questão comportamental.

No Brasil, nós temos apenas a palavra “educado”.

Se você analisar o perfil desses caras que se ferraram na confusão, eles certamente são educados. Mas somente na questão educacional.

A verdade é que o brasileiro jamais aprendeu a ser polite.

Se você disser qualquer palavra discriminatória no Canadá, em voz alta, e alguém ouvir, possivelmente eles vão 1) Te olhar feio, 2) Te dizer que isso não se faz ou 3) Chamar a polícia.

Não é legal criticar a opção de uma pessoa em qualquer lugar do mundo. Exceto no Brasil, terra do whatsapp com imagens comparativas de coisas “raíz X nutella”.

A verdade sobre esse episódio, é que esses caras não são má pessoas.

Eles são burros.

E a mesma ignorância deles, está no sangue de 99% do restante da população, que simplesmente segue um comportamento que aprenderam ainda quando criança, sem nunca refletir a respeito se ele está errado.

Nós achamos um absurdo ver chineses matando cachorros para comer a carne. Mas adoramos comer um carré de cordeiro.

Da mesma forma que o chinês nasceu com essa cultura, e nunca refletiu a respeito se é certo ou errado, nós fazemos exatamente o mesmo. Comemos, adoramos, e não refletimos.

(e é claro, temos sempre 50 motivos na ponta da língua para provar que estamos certos)

Nós também achamos muito bacana ver aquele amigo com um carrão novo, e sair pra dar uma volta com ele pra chamar atenção das gatinhas. Mesmo sabendo que o carro foi comprado pelo pai dele depois de cometer dezenas de atos criminosos.

E mandar pra frente os vídeos daquela moça da sua cidade que aparece em uma cena de amor com o namorado, em um celular que foi pro conserto e acabou caindo nas redes sociais? Nós não pensamos duas vezes antes de mandar pra frente no whatsapp, e ainda adicionar um print do perfil dela no face, pra mostrar que ela existe de verdade.

Ou então fazer uma piada no grupo da faculdade, mandando a foto com um rapaz no fumódromo da faculdade, e a frase: “Achei esse escravo no fumódromo. Quem for o dono avisa!”. Isso é só uma brincadeira, não é?

Se todo mundo faz, não preciso questionar se está certo.

Como identificar quando estou errado?

Acho que essa é uma das melhores coisas de ser viajante: poder absorver várias culturas diferentes, e refletir sobre o que é certo X errado, em uma esfera internacional.

Existe um termo chamado TCK (Third Culture Kid), para quando uma pessoa foi criada em vários países distintos (por exemplo filhos de diplomatas).

O destaque no crescimento dessas pessoas, é que depois de presenciar a diferença comportamental em várias culturas, elas acabam criando sua própria definição de “comportamento adequado”.

“Pô, mas eu nasci no Brasil e morei a vida toda na casa dos meus pais, como vou saber o que é aceito lá fora ou não?”

Para que você não caia na mesma cilada que esses pobres coitados caíram com uma brincadeira boba, comece refletindo sobre seus comportamentos no dia a dia.

Quando você consegue abrir a mente para um deles, é um verdadeiro efeito dominó, você vai descobrir tudo que fazia de errado, simplesmente pelo fato de não refletir a respeito.

Reflexões como:

  • Tratar mulher como objeto, é certo?
  • Querer amadurecer morando na casa dos pais, é certo?
  • Pagar propina em diferentes situações, é certo?
  • Dizer que uma pessoa branca é melhor que uma pessoa negra, é certo?
  • Criticar quem torce para um time de futebol oposto ao seu, é certo?
  • Acreditar que sua religião é a única do mundo, é certo?
  • Opinar sobre a opção de uma pessoa por seus gostos pessoais, é certo?
  • Comer um tipo específico de animal mas outro não, é certo?
  • Acreditar que o seu político é mais honesto que o dos outros, é certo?
  • Compartilhar fotos íntimas de outras pessoas pelo whatsapp, é certo?
  • Tentar se dar bem enquanto os outros seguem as regras, é certo?

Se você identificou que algo não é certo, mas convive com pessoas que ainda não chegaram à essa reflexão, mude de turma. Existem 7 bilhões de pessoas no mundo.

A nossa evolução interna só acontece quando de fato nós conseguimos eliminar aquela velha opinião formada sobre tudo.

E para isso, nada melhor do que conviver somente com gente como você: que conseguiu sair da caixa e deixou de lado o comportamento regional em que foram criados.

Comportamento esse que, claramente, não vem dando muito certo.

E quando isso acontecer, e você começar a evoluir:

Seja bem-vindo à uma nova era.

Disclaimer: este post é uma auto-reflexão e crítica a um tipo de comportamento específico encontrado com maior % em homens brasileiros, mas existentes sim em qualquer outra cultura, raça ou nacionalidade, inclusive no meu próprio passado, que felizmente venho corrigindo.

Sobre Viajante Anônimo

Empresário digital que decidiu deixar São Paulo para se aventurar pelo mundo e acabou encontrando uma infinidade de mulheres maravilhosas

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